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Abuso sexual no trabalho é pandemia global e demanda mobilização

No fim do ano passado, o Linkedin, em parceria com a consultoria Think Eva, divulgou uma pesquisa sobre assédio sexual no trabalho. Nela, quase metade das mulheres entrevistadas afirmava já ter sofrido esse tipo de violência no trabalho. Entre elas, apenas 5% recorreram ao RH para reportar o caso.

A intimidação por parte de superiores homens não é comum apenas no Brasil. Esta é uma realidade enfrentada por mulheres de todo o mundo, independente da condição financeira, da cor ou da religião.

Em uma das maiores fábricas de roupas de Maseru, capital do Lesoto, o ritual era diariamente o mesmo: pela manhã, dezenas de mulheres se enfileiravam para tentar uma vaga como diarista. Para conseguirem ser escolhidas e ganhar seis libras pelo dia de trabalho, elas, com frequência, aceitavam ser assediadas e violentadas.

Ao jornal inglês “The Guardian”, uma funcionária de uma dessas fábricas contou sobre a vez em que foi chamada ao escritório de seu gerente. Ao entrar na sala, ela ficou paralisada quando percebeu que ele havia começado a fechar as cortinas e, em seguida, a pediu para fechar a porta.

Em um primeiro momento, o chefe disse que estava apaixonado por ela e queria que os dois tivessem um relacionamento. Quando ela disse que não, ele se tornou agressivo e a ameaçou dizendo que ela deveria ser grata por ele a ter promovido na empresa.

A funcionária então deixou a sala e foi ao setor de Recursos Humanos contar sobre o episódio. Ao fim do dia, ela havia sido demitida.

Um levantamento promovido pela Gartner em território europeu mostra que 40% das trabalhadoras do continente afirma já ter sofrido algum tipo de assédio no trabalho. Nos Estados Unidos o número é de 25%.

Diante de números tão imponentes, por que tantas mulheres ficam caladas? A resposta é simples: medo. Assim como a funcionária da fábrica de roupas do Lesoto, trabalhadoras de todo o mundo, de cargos altos aos mais baixos, temem represálias diante de suas denúncias.

Convenção internacional contra o assédio foi aprovada em 2019

Em junho de 2019, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou uma Convenção para a Eliminação da Violência e do Assédio no Mundo do Trabalho. O documento protege trabalhadores de diversas categorias e sob tipos de contratos variados contra abusos em ambienta de trabalho.

O documento dispõe que cada país signatário “deverá adoptar, de acordo com a legislação e as circunstâncias nacionais e em consulta com as organizações representativas de empregadores e de trabalhadores, uma abordagem inclusiva, integrada e sensível ao género para a prevenção e eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho.

Fonte: HYPENESS

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