Um levantamento sobre mercado de trabalho durante a pandemia, apontou que os trabalhadores informais são afetados em dobro, em relação aos que possuíam carteira assinada. A cada formal que perde o emprego, outros dois em situação precária acabam por perder o trabalho. O trabalho é do professor da Universidade de São Paulo (USP), Hélio Zylberstajn, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O período abrangido foi de dezembro até maio. Os resultados foram noticiados no jornal O Estado de S. Paulo, nesta segunda-feira (6).
No período, 3,98 milhões de trabalhadores informais perderam sua principal fonte de renda, enquanto 1,99 milhão de formais ficaram desocupados. O estudo indica que a cada vaga com carteira assinada perdida ocorre um efeito em cascata sobre os informais, mesmo que estes não participem da mesma cadeia produtiva.
Zylberstajn afirmou à reportagem de O Estado de S.Paulo que serão os informais a puxar a recuperação do mercado de trabalho no ano que vem, já que tradicionalmente as empresas demoram a recontratar. Em 2017, logo após a última recessão, os brasileiros que trabalhavam por conta própria e na informalidade superaram os formais pela primeira vez. O ano terminou com 34,3 milhões de informais e por conta própria, ante 33,3 formais, indicou o IBGE na ocasião.
Fonte: MONEYREPORT
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