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Brasil bate recorde de buscas por burnout; veja sinais e como evitar

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A síndrome de burnout ganhou mais destaque nos últimos anos por causa da pandemia, quando os trabalhadores se viram isolados, mais demandados do que nunca e, em alguns casos, sem apoio das empresas. Em janeiro do ano passado, o quadro psíquico foi oficializado como uma condição de saúde mental relacionada ao trabalho, segundo a 11ª edição da CID (Classificação Internacional de Doenças), da OMS
Embora já fosse considerado um esgotamento associado ao ambiente de trabalho, o burnout passou para a categoria de doenças ocupacionais e, no Brasil, tem o código QD85.
O cenário se reflete no interesse das pessoas pelo tema. Levantamento do Google Trends, concedido com exclusividade a VivaBem, mostra que as buscas por burnout alcançaram o recorde histórico no Brasil em 2023. Desde o início da série histórica, em 2004, o país registrou este ano o maior interesse de busca pelo assunto para o período de 1º de janeiro a 22 de junho.

Maio de 2023 foi o mês recordista de buscas sobre burnout no Brasil.

O país ocupa a 7ª posição no interesse de busca pelo tema no mundo. O ranking é liderado por países da Europa, sendo que o Brasil é o primeiro país a aparecer na lista fora do continente europeu. As consultas por burnout aumentaram quatro vezes no Brasil em cinco anos, considerando dados da comparação de 1º de janeiro a 22 de junho de 2023 com o mesmo período de 2018.

O que é burnout? De acordo com a OMS, a síndrome de burnout é “resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi administrado com sucesso”. A condição “refere-se especificamente a fenômenos no contexto ocupacional e não deve ser aplicada para descrever experiências em outras áreas da vida”

Algumas situações no trabalho que podem desencadear burnout são:

Excesso de trabalho;

Situações nocivas;

Insegurança psicológica;

Assédios;

Relacionamentos tóxicos com colegas e gestores;

Pressão desmedida por resultados.

O burnout tem três domínios essenciais:

Exaustão: não é um cansaço simples, mas uma falência quase completa das funções cognitivas e da capacidade mental e física.

Despersonalização: é a ausência de si mesmo, o indivíduo não se reconhece mais, não reconhece mais a dor nem a alegria do outro.

Ele passa a não se conectar mais. Baixa realização profissional: a pessoa sente que não consegue mais executar o trabalho como antes, perde o sentido e o propósito, porque, em partes, não conseguiu estabelecer limites.

Quais são os sintomas do burnout? Cada pessoa vai manifestar a síndrome de burnout de uma forma diferente, e não é da noite para o dia. Algumas pessoas nem percebem que estão entrando nesse estado e, quando se dão conta, já estão no ápice do esgotamento.

Os sintomas podem incluir:

Cansaço excessivo, tanto físico quanto mental;

Dor de cabeça e dores musculares frequentes;

Tremores e batimentos cardíacos acelerados;

Alterações no apetite; Problemas gastrointestinais;

Insônia;

Dificuldades de concentração e prejuízo de memória;

Sentimentos de fracasso, insegurança e incompetência;

Irritabilidade;

Isolamento;

Preocupação excessiva;

Baixa autoestima;

Desmotivação e tristeza frequentes;

Mudanças repentinas de humor;

Ansiedade;

Depressão;

Ausência no trabalho.

Como diagnosticar o burnout? O diagnóstico de burnout é feito por um especialista (psicólogo ou psiquiatra) após uma análise clínica da pessoa. O profissional fará perguntas para entender os sinais e sintomas, a rotina e os comportamentos.

Como tratar burnout? Tanto o psiquiatra como o psicólogo são os profissionais de saúde indicados para identificar, orientar e tratar as pessoas com burnout da melhor forma, de acordo com o caso. Os dois atuam em conjunto. Se a síndrome é diagnosticada na fase inicial, o tratamento é feito por meio de psicoterapia e mudanças nas condições de trabalho. Mas se o quadro está avançado, mais grave, pode haver necessidade de medicamentos, principalmente para melhorar a energia, o humor e o sono.

Além disso, mudanças no estilo de vida também são fundamentais para um tratamento bem-sucedido.

Como evitar burnout? Por se tratar de uma condição diretamente relacionada ao trabalho, a prevenção do burnout deve envolver não só a pessoa que está passando pelo problema, mas também o ambiente profissional. Algumas coisas que você pode fazer: Estabeleça, se possível, um horário para começar e terminar o trabalho, evitando horas extras;

Durante o trabalho, faça pequenas pausas ao longo do dia (5 minutos são suficientes) para relaxar e se desconectar um pouco. Isso ajuda a oxigenar o cérebro, como um breve “reset” para seguir com as atividades.

Busque manter uma rotina e estilo de vida saudáveis, com alimentação e sono adequados, além de prática de atividade física. Se alimente com calma e tente evitar a privação de sono, o que torna as atividades do dia mais complexas.

Não se cobre tanto. É importante ter um planejamento e saber que, em algum momento, nem tudo poderá ser feito. Quando sentir que não vai dar conta, desacelere. Saiba dizer “não”. Fora do trabalho, tenha momentos de lazer com amigos e familiares, busque atividades que te tragam bem-estar e relaxamento.

O que a sua empresa pode fazer:

Promover um ambiente com segurança psicológica, ou seja, aberto ao diálogo, às vulnerabilidades e aos erros. Oferecer benefícios como psicoterapia;

Limitar o número de reuniões por dia, quando possível;

Conscientizar líderes e funcionários sobre a importância dos limites e dos cuidados com a saúde mental;

Treinar lideranças sobre inteligência emocional, comunicação não violenta e para acolher os liderados. Tudo isso tem de fazer parte da cultura organizacional da empresa, estar nos pilares da companhia –não só na teoria, mas, principalmente, na prática.

Como ajudar uma pessoa com burnout? Por vezes, pessoas com burnout não reconhecem a condição em que estão e, por isso, não buscam ajuda médica. Amigos próximos, familiares e colegas de trabalho podem contribuir nesse começo, ajudando a pessoa a reconhecer os sintomas e possíveis mudanças de comportamento. Incentivar a busca por ajuda é importante, seja de profissionais da psicologia ou psiquiatria. Caso a empresa ofereça um serviço de atendimento em saúde mental, esse já é um primeiro passo. Geralmente, esses serviços garantem anonimato.

Quem tem burnout pode ser demitido? O enquadramento da síndrome de burnout como doença ocupacional na CID-11 concede aos trabalhadores mais respaldo na hora de buscar reparação de danos. Quando a pessoa com burnout ou qualquer transtorno mental é demitida sem qualquer motivo aparente, estando com o diagnóstico, a Justiça pode entender que se trata de um ato discriminatório. Assim, o funcionário pode recorrer e ser reintegrado ao trabalho.

Mas também é importante saber que questões psicoemocionais que afetam o desempenho no trabalho podem levar a uma demissão por justa causa, se a pessoa deixa de exercer as atividades como antes. *Com informações de reportagens publicadas em 13/05/2022, 11/04/2023, do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde.

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FONTE: UOL

 

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